Setor de transporte, armazenamento e correio criou mais de 113 mil postos de trabalho formais em 2024

O Radar CNT Transporte, realizado pela Confederação Nacional de Transporte e divulgado neste mês de fevereiro de 2025, aponta geração de empregos formais nos setores de transporte, armazenagem e correios no ano de 2024. Foram gerados 113.786 novos postos de trabalho, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Em termos percentuais, o crescimento foi de 1,8% em relação a 2023. O transporte rodoviário de cargas foi o principal responsável pelos dados, e abriu 60.215 vagas em 2024. Setores correlatos, como armazenamento e atividades auxiliares aos transportes, geraram 34.650 postos de trabalho em 2024.

A região Sudeste liderou o crescimento (68.909 empregos), seguida pelo Sul (19.127), Nordeste (13.228), Centro-Oeste (7.276) e Norte (5.119). São Paulo se destacou, com geração de 42.413 empregos em 2024, seguido do Rio de Janeiro (12.151 novos postos) e Minas Gerais (11.587). Apenas Tocantins e Maranhão fecharam o ano com saldo negativo, de 215 e 715 empregos formais, respectivamente.

No setor de transporte, correio e armazenagem, o estoque de empregos alcançou 2,81 milhões, sendo o sexto setor que mais emprega entre os 21 divulgados pelo Ministério do Trabalho.

Para o presidente da Ampef, Raphael Rodrigues, o levantamento confirma a vocação rodoviária do Brasil, e fortalece todos os entes da cadeia do transporte de cargas. “A logística brasileira depende do modal rodoviário e tem conseguido resultados importantes para a economia”, comenta.

Rodrigues chama atenção dos governos Federal, Estadual e Municipal sobre a importância do pagamento eletrônico de frete como manda a lei, longe da carta-frete. “O pagamento eletrônico de frete é a única forma de garantir que os impostos devidos sejam pagos e possam ser usados pelos governos para reinvestimento. Os caminhoneiros também se beneficiam do pagamento correto, gerando um círculo virtuoso e positivo para toda economia”, completa.